Nosso Acervo

O acervo museológico do Museu do Ouro começou a ser constituído em meados da década de 40 do século XX. Inicialmente foram adquiridos, por meio de compras e doações de famílias tradicionais do Estado de Minas Gerais, objetos relacionados às tipologias de História e Religião, sendo em sua maioria peças de mobiliário, armaria, porcelanas, imaginária religiosa e objetos ligados à prática da mineração, datadas entre os séculos XVIII e XIX.

Créditos: Daniel Mansur Acervo: Museu do Ouro/IBRAM


Quintos do Rei

exposição:

A exposição Quinto do Rei demonstra o processo de fundição e cobrança das taxas sobre o ouro encontrado no território do Brasileiro durante o reinado de D. João VI. Conheça o passo-a-passo e os instrumentos utilizados nas casas de fundição.

“O ouro trazido era transformado em barras, separadamente. O fundidor, depois de ter recebido a parte a ser fundida, deduzido o quinto, escolhia um cadinho com tampa, de capacidade conveniente, no qual depositava o pó de ouro e o punha no fogo, cobrindo-o com carvão vegetal.”

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Sobre o Museu

O prédio que hoje abriga o Museu do Ouro foi construído no início dos anos 30 do século XVIII, passando a operar como Casa de Fundição a partir de 1734 e como Casa de Intendência e Fundição desde 1751. Entretanto, esta só funcionou até 1832 em razão da extinção das Casas de Fundição no Brasil. O casarão teria então ficado abandonado até que o comendador Francisco de Paula Rocha, no ano de 1840, o arrematasse e instalasse ali um colégio. Mais tarde, a edificação serviu como residência para seus herdeiros e, posteriormente, foi vendida à Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira que a doou, no ano de 1938, ao recém criado Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), com o objetivo de transformá-la em museu.

A casa, devido ao precário estado de conservação em que se encontrava, passou por intensas reformas em sua estrutura entre os anos de 1939 e 1945, as quais não impediram, porém, que as visitações já se iniciassem em 1943. Contudo, apenas com o advento do Decreto-Lei nº 7.383, de 23 de abril de 1945, foi fundado o Museu do Ouro, sendo sua inauguração oficial celebrada no dia 16 de maio de 1946.

Sobre a Casa Borba Gato


A Casa Borba Gato é uma construção de meados do século XVIII, típica do apogeu da Vila de Nossa Senhora do Sabará nessa época. A casa está situada na antiga “Rua da Cadeia” e ocupa uma posição de destaque dentre as construções vizinhas. Ao comemorar o bicentenário da elevação de Sabará a Vila, em 1911, a Câmara Municipal batizou a Rua da Cadeia com o nome do bandeirante paulista Borba Gato, descobridor das minas do Rio das Velhas. O edifício passou então a ser chamado Casa Borba Gato, apesar de não terem sido encontradas referências sobre qualquer relação entre o personagem histórico e o edifício.

O imóvel teve diferentes usos desde a sua construção: entre 1828 e 1850 foi utilizado como residência; de 1850 a 1860 funcionou como hospedaria, até ser adquirido com o intuito de ser novamente residência; de 1871 a 1896 abrigou a “Escola de Primeiras Letras”; em 1983 foi alugado pelo Museu do Ouro, passando a funcionar como Centro de Difusão Cultural, sendo reconhecido como bem de utilidade pública pelo município em 1984. Devido à sua importância cultural, em 1987 o Ministério da Cultura desapropriou o sobrado e o mesmo passou a pertencer ao IPHAN.

Após restauração que aconteceu no ano de 1992, o edifício foi incorporado ao Museu do Ouro (à época também sob a gestão do IPHAN), abrigando assim o Centro de Memória do museu, reunindo documentos históricos dos séculos XVIII e XIX relativos à antiga Comarca do Rio das Velhas. Além da disponibilização de importantes documentos para pesquisa, a Casa Borba Gato atuou por muito tempo junto à comunidade sabarense por meio da realização de oficinas e diversas atividades voltadas para a preservação do patrimônio cultural do município. Atualmente a Casa Borba Gato abriga o arquivo histórico e institucional do Museu do Ouro, assim como sua biblioteca.

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