Número de registro
460
Denominação
Escultura Religiosa
Título
São Sebastião
Classificação
Local de produção
Data de produção
Autor
Material/Técnica
Palavras-chave
escola mineira | escultura | religião | século xix | século xviii
Fotógrafo
Acervo Museu do Ouro
Data da fotografia
2020
Esfera de proteção legal
Federal
Dimensões
Altura (cm): 34,0 Largura (cm): 13,5 Comprimento (cm): Profundidade (cm): 9,0 Diâmetro (cm): Peso (g): Circunferência (cm):
Resumo descritivo
Figura masculina, meia-idade, de pé, em posição frontal; cabeça erguida, com olhos à frente; cabelos compridos, pretos, com estrias retas ao alto e sinuosas nas laterais; braço direito flexionado ao alto, com a mão fechada, preso a um tronco de árvore por uma corda dourada atada ao punho; braço esquerdo flexionado para baixo, preso ao tronco; perna direita flexionada, presa ao tronco por uma corda atada na canela; perna esquerda reta; possui quatro marcas de perfurações, com sinais de sangue, nos braços, peito e na coxa direita, Vestido com perizônio vermelho, ornado por estrelas douradas. Base atributiva, no formato de um rochedo, de cuja superfície se eleva um tronco desfolhado de árvore, ramificado em três tocos de galhos; pintado de marrom.
Características estilísticas
Imagem de provável origem mineira, datável do século XVIII ou XIX, de cunho bem popular, com tratamento anatômico desproporcional e rosto inexpressivo.
Características iconográficas/ornamentais
São Sebastião nasceu na Narbona, na Gália, e foi centurião romano. Denunciado por ter exortado dois amigos a permanecerem fiéis à fé cristã, durante uma perseguição no tempo de Diocleciano, foi preso e condenado a servir de alvo aos arqueiros do exército. Crivado de flechas e dado como morto, foi levado a enterrar por Santa Irene. Apercebendo-se, porém, que ainda estava vivo, recuperou-o, cuidando-lhe dos múltiplos ferimentos. Sarado, voltou Sebastião a se apresentar ao Imperador. Foi de novo martirizado, morto e sepultado nas catacumbas. É representado amarrado a um tronco de árvore, sofrendo o martírio das flechas, semidespido e de feições joviais (Iconografia adotada a partir do Renascimento). É um santo muito popular no Brasil, onde muitas são as suas imagens, tanto de cunho popular como eruditas. Considerado protetor contra as moléstias contagiosas, motivo pelo qual sempre é invocado nas epidemias, nas guerras e na escassez de víveres. É o patrono dos presidiários e detentos, porque também foi aprisionado. Os fiéis o lembram com muito fervor em 20 de Janeiro.
Dados históricos
Não foram localizados dados específicos sobre o objeto.
Referências bibliográficas/arquivísticas
Ficha Cadastral de 26-03-1975; Ficha de Conservação e Restauração 09-02-1990; Ficha Topográfica 1991; 4 fotos P&B nos 196, 197, 198 e 199. FILHO, Attílio Colnago. São Sebastião. Análise e restauração de escultura policromada. Belo Horizonte, CECOR/EBA/UFMG, 1990. MEGALE, Nilza Botelho. Santos do povo brasileiro. Petrópolis/RJ, Vozes, 2002. TAVARES, Jorge C. Dicionário de Santos. Porto Lello & Irmão – Editores, 1990.
Condições de reprodução
Domínio público, ver https://museudoouro.acervos.museus.gov.br/reproducao-de-imagens-do-acervo/