Número de registro
729
Denominação
Relicário
Título
Braço relicário
Classificação
Local de produção
Data de produção
Autor
Conjunto com nº
Material/Técnica
Palavras-chave
brasil | escultura | minas gerais | religião | século xviii
Fotógrafo
André Brasil
Data da fotografia
2007
Esfera de proteção legal
Federal
Dimensões
Altura (cm): 38,0 Largura (cm): 10,2 Comprimento (cm): Profundidade (cm): 9,2 Diâmetro (cm): Peso (g): Circunferência (cm):
Resumo descritivo
Relicário na forma de um braço erguido, com a mão (direita) aberta, mas com o dedo mínimo dobrado na ponta; vestido por uma manga comprida, com pregas grossas; padronagem em acantos e esgrafitado dourado; com uma dobra verde na ponta; centro com um nicho elíptico, de fundo vermelho, com a boca delimitada por um entalhe em quatro volutas e frisos curvos; Base quadrangular, moldurada e frisada, dourada com a parte inferior em vermelho.
Características estilísticas
Objeto de provável origem mineira, de boa fatura, datável do século XVIII, com decoração e policromia ao gosto do barroco da 1ª metade.
Características iconográficas/ornamentais
Relicário em forma de uma mão.
Dados históricos
RELICÁRIO é uma urna ou cofre destinado a guarda de relíquias. RELÍQUIA é tudo aquilo que constitui o corpo físico de um santo (ossos, cabelos, dentes, etc.) ou algo que tenha entrado em contato com ele (partes de suas roupas, pertences pessoais, poeira de seu túmulo, etc). No século IV, estabeleceu-se que seria necessária a presença de uma relíquia para a sagração de uma igreja. Desse modo, pode-se dizer que o culto às relíquias foi o responsável direto pelo surgimento do culto às imagens de santos. Tal fato estimulou a multiplicação das relíquias, e mais do que isto, do comércio em torno delas. Isto implicou em muitas falsificações e criações fantasiosas. Durante a Idade Média, cabeças de São João Batista surgiram às dezenas; a crista do galo que cantou na negação de Pedro, às centenas; ossos dos santos, aos milhares. No entanto, o mais espetacular caso de relíquias, refere-se aos instrumentos de martírio de Jesus Cristo – as armas Christi, como são conhecidas. Consta que São Luís Rei de França, durante a sétima cruzada (séc. XIII), havia comprado em Constantinopla alguns desses instrumentos, como os cravos e a coroa de espinhos, e os levado para o Ocidente. Mas, misteriosamente, tais relíquias reapareceram na antiga capital do Império Bizantino algum tempo depois.
Referências bibliográficas/arquivísticas
Ficha de Inventário de 24-11-1989; Ficha de Conservação e Restauração de 23-11-1990; Ficha Topográfica 1997. FREEDBERG, David. El poder de las imágenes. Madrid, Cátedra, 1992, p. 119. DAMASCENO, Sueli. Glossário de bens imóveis (Igrejas de Ouro Preto). Ouro Preto, Instituto de Artes e Cultura/UFOP, 1987.
Condições de reprodução
Domínio público, ver https://museudoouro.acervos.museus.gov.br/reproducao-de-imagens-do-acervo/