Número de registro
475
Denominação
Caixa Esmoler
Classificação
Local de produção
Data de produção
Autor
Material/Técnica
Palavras-chave
Fotógrafo
Daniel Mansur
Data da fotografia
2007
Esfera de proteção legal
Federal
Tipo de tombamento
Tombamento em conjunto
Marcas/Inscrições
“Da Senhora das Mercês de Catas Altas de Mato-dentro 1797”
Dimensões
Altura (cm): 34,5 Largura (cm): 23,5 Comprimento (cm): Profundidade (cm): 11,5 Diâmetro (cm): Peso (g): Circunferência (cm):
Resumo descritivo
Caixa retangular, com pintura laterais em rocalhas vermelhas; frente com uma inscrição em preto (ver acima) sobre fundo branco, centrada por rocalhas vermelhas; tampo em marmorizado vermelho e branco, com orifício retangular à frente, e um outro mais ao canto, por trás; ao fundo se eleva um aparador, em recortes curvos, com pintura representando a Nossa Senhora das Mercês, que está de pé, em posição frontal, cabeça voltada para a esquerda, coberta por um véu vermelho; braços abertos para os lados, sustentando o manto; vestida com o hábito mercedário branco, com o brasão da ordem estampado no escapulário; está sendo coroada por dois anjos, que aparecem na parte superior, centrados por um cortinado vermelho; de cada lado, na parte inferior, aparece um cativo de joelhos, de mãos postas, com correntes presas aos pulsos; ambos trajando vestes vermelhas e ocre; ao fundo, do lado esquerdo, duas cabeças de pessoas; e do lado direito, uma cabeça levando uma mitra de bispo.
Características estilísticas
Objeto mineiro, datado de 1797, procedente da região de Catas Altas de Mato Dentro, com pinturas de cunho ingênuo, decoração ao gosto rococó, com rocalhas e elementos sinuosos.
Características iconográficas/ornamentais
A devoção de Nossa Senhora das Mercês insere-se no tema das Virgens da Misericóridia e Tutela. Em Portugal, o primeiro altar dessa invocação foi construído na Província da Extremadura. Na Espanha, onde foi eleita padroeira dos cristãos aprisionados pelos mouros, a propagação do culto se deveu à Congregação da Santíssima Trindade e Redenção dos Cativos (Mercedários); a eles também se deve a difusão do culto no Brasil. Em Minas Gerais a invocação tomou maior impulso, possibilitando o florescimento das confrarias e irmandades de Nossa Senhora das Mercês, que entre nós estiveram associadas aos homens pardos. Iconograficamente, Nossa Senhora aparece vestida com o hábito branco dos mercedários, em cujo escapulário ostenta o brasão da ordem; é geralmente acompanhada por dois cativos, como vemos aqui, ajoelhados debaixo da proteção de seu manto.
Dados históricos
A caixa esmoler em questão deveria pertencer a Irmandade das Mercês de Catas Altas do Mato Dentro, instalada naquela vila por volta de 1794.
Referências bibliográficas/arquivísticas
Ficha Cadastral de 27-03-1975; Ficha de Conservação e Restauração de 07-11-1990; Ficha Topográfica 1997. Iconografia da Virgem Maria. Belo Horizonte, IEPHA, 1982 (Caderno de Pesquisa, 1). JUNIOR, Augusto de Lima. História de Nossa Senhora em Minas Gerais. Belo Horizonte, Imprensa Oficial, 1956.
Condições de reprodução
Domínio público, ver https://museudoouro.acervos.museus.gov.br/reproducao-de-imagens-do-acervo/