Número de registro
440
Denominação
Escultura Religiosa
Título
Crucifixo
Classificação
Local de produção
Data de produção
Autor
Material/Técnica
Palavras-chave
escola luso-oriental | escultura | religião | século xvii | século xviii
Fotógrafo
Daniel Mansur
Data da fotografia
2007
Esfera de proteção legal
Federal
Tipo de tombamento
Tombamento em conjunto
Dimensões
Altura (cm): 43,0 (imagem) Largura (cm): 33,0 Comprimento (cm): Profundidade (cm): 9,5 Diâmetro (cm): Peso (g): Circunferência (cm):
Resumo descritivo
Imagem: figura masculina, meia-idade, em posição frontal, pregado na cruz por três cravos; de cabeça pendida à esquerda, cabelos compridos, com mechas onduladas caídas à frente e por trás; com uma coroa de espinhos; bigode e barba terminada em ponta com duas volutas; olhos fechados; braços posicionados em “Y”, com as mãos de abençoar; pernas ligeiramente flexionadas, com o pé direito sobreposto ao esquerdo. Vestido com um perizônio curto, dobrado ao meio, seguro por corda, com serrilhado na borda. Cruz de traves retas e lisas; com a base mais larga, aberta em dois pés curvos, com os extremos em volutas e recortes nos extremos superiores.
Características estilísticas
Imagem de Cristo em marfim, de origem indo-portuguesa, datável do século XVII ou XVIII; apresenta características típicas desse tipo de escultura, como os cabelos ondulados, o serrilhado no perizônio e o detalhamento na execução do rosto, mãos e pés; o corpo encurvado acompanha a forma do marfim. A cruz provavelmente não é original.
Características iconográficas/ornamentais
Representação de Jesus Cristo morto na cruz (ou expirante), com a cabeça pendida à esquerda, olhos fechado, os braços em “Y” e os pés sobrepostos; vestido com um perizônio. Tem a expressão e o movimento dramáticos, bem ao gosto do espírito religioso do barroco. Recortes curvos com volutas na base
Dados históricos
Imagens de origem luso-oriental são imagens sacras produzidas no Industão – as imagens indo-portuguesas -, na ilha do Ceilão – as cigálo-protuguesas -, na China e no Japão. São peças esculpidas por artesãos nativos, a princípio copiando e recriando protótipos trazidos pelos padres das missões portuguesas desde o século XVI, época da conquista da Ásia. As técnicas e os materiais eram locais, bem como certas tendências interpretativas, impregnadas de antigas tradições. Portugal tornou-se, no correr dos séculos XVII e XVIII, um dos países mais ricos em imagens religiosas de marfim.
Referências bibliográficas/arquivísticas
Ficha Cadastral de 26-03-1975; Ficha de Conservação e Restauração de 30-10-1990; Ficha Topográfica 1991-1997. Duas fotos P&B nos 222 e 242. MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alii. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Rio de Janeiro. Ed. Nova Fronteira, 1999. No Tempo das Feitorias. A arte portuguesa na época dos descobrimentos. Lisboa, Museu Nacional de Arte Antiga. Junho-Dezembro de 1992, vol. 1.
Condições de reprodução
Domínio público, ver https://museudoouro.acervos.museus.gov.br/reproducao-de-imagens-do-acervo/