Número de registro
472
Denominação
Escultura Religiosa
Título
Crucifixo
Classificação
Local de produção
Data de produção
Autor
Material/Técnica
madeira recortada | marfim esculpido | metal | pedraria | policromada
Palavras-chave
Fotógrafo
Daniel Mansur
Data da fotografia
2007
Esfera de proteção legal
Federal
Tipo de tombamento
Tombamento em conjunto
Marcas/Inscrições
“JNRJ”
Dimensões
Altura (cm):30,5/73,0 (cruz) Largura (cm): 23,0/29,0 (cruz) Comprimento (cm): Profundidade (cm): 5,0/17,0 (cruz) Diâmetro (cm): Peso (g): Circunferência (cm):
Resumo descritivo
Cruz de traves retas, de quinas bisotadas, com incrustações de marfim, formando desenho geométrico; título em formato de cartela com inscrição pintada em marrom; Imagem de Cristo em posição frontal, pregada por três cravos, com a cabeça pendida à esquerda, de olhos fechados; cabelos longos, com mechas onduladas caídas à frente; bigode e barba de ponta bipartida; braços dispostos em “Y”, com a mão direita de abençoar e a outra aberta; pernas dobradas, com o pé direito sobre o esquerdo; vestido com perizônio curto, dobrado em formato de leque ao meio, seguro por corda dupla; sem o laço (perdido); sangue e chagas pintados de vencilho. Cravos em metal, com incrustações de pedras brilhantes.
Características estilísticas
Peça de origem indo-portuguêsa, de execução erudita, com tratamento anatômico correto da imagem, com tratamento delicado do rosto, mãos, pés; com membros torneados, nervuras bem demarcadas; panejamento em movimento com leque ao meio; os cabelos ondulados e o serrilhado do perizônio são características típicas dessas esculturas em marfim; datável do século XVIII.
Características iconográficas/ornamentais
Imagem tradicional do Senhor Morto na Cruz, pregado por três cravos, com a cabeça pendida à esquerda, olhos fechados; braços em “Y” e pés sobrepostos; veste o tradicional perizônio.
Dados históricos
Não foram localizados dados específicos sobre o objeto. Imagens de origem luso-oriental são imagens sacras produzidas no Industão – as imagens indo-portuguesas -, na ilha do Ceilão – as cigálo-protuguesas -, na China e no Japão. São peças esculpidas por artesãos nativos, a princípio copiando e recriando protótipos trazidos pelos padres das missões portuguesas desde o século XVI, época da conquista da Ásia. As técnicas e os materiais eram locais, bem como certas tendências interpretativas, impregnadas de antigas tradições. Portugal tornou-se, no correr dos séculos XVII e XVIII, um dos países mais ricos em imagens religiosas de marfim. (1) e (2)
Referências bibliográficas/arquivísticas
Ficha Cadastral de 27-03-1975; Ficha de Conservação e Restauração de 06-11-1990; Ficha Topográfica 1991-197. (1) MOUTINHO, Stella Rodrigo Octavio et alii. Dicionário de Artes Decorativas e Decoração de Interiores. Rio de Janeiro. Ed. Nova Fronteira, 1999. (2) No Tempo das Feitorias. A arte portuguesa na época dos descobrimentos. Lisboa, Museu Nacional de Arte Antiga. Junho-Dezembro de 1992, vol. 1.
Condições de reprodução
Domínio público, ver https://museudoouro.acervos.museus.gov.br/reproducao-de-imagens-do-acervo/