Número de registro
422
Denominação
Oratório
Título
Oratório com símbolos da Paixão
Classificação
Local de produção
Data de produção
Autor
Material/Técnica
Palavras-chave
minas gerais | mobiliário | religião | século xix | século xviii
Fotógrafo
Daniel Mansur
Data da fotografia
2007
Esfera de proteção legal
Federal
Tipo de tombamento
Tombamento em conjunto
Marcas/Inscrições
“INRI”
Dimensões
Altura (cm):121,0 Largura (cm): 63,0 Comprimento (cm): Profundidade (cm): 35,0 Diâmetro (cm): Peso (g): Circunferência (cm):
Resumo descritivo
Oratório retangular vertical, com porta de duas bandas, emolduradas, em três almofadas (cada folha) reentrantes, de centro alto, frisado, com fechaduras de espelhos elípticos; parte interna da porta com pinturas representando os símbolos da Paixão: na banda esquerda, de baixo para cima: 1ª - a escada, a lança, a esponja e a corda; 2ª - custódia com coroa de espinhos; 3ª - custódia com a coroa de espinhos; na banda direita: 1ª sem; 2ª cálice com tampa e chicote; 3ª custódia com três cravos. Contorno em molduras douradas, com cimalha superior saliente; arremate em frontão sinuoso, com contorno em cês e êsses ressaltados e interior liso, com vestígio de pintura de uma cartela com três cravos. Parte interna com fundo e laterais com pintura de motivos florais grandes, com flores e botões vermelhos e ocres, com ramos e folhas verdes, alguns enlaçados por fitas vermelhas; fundo em azul; frente emoldurada em pilastras douradas, com capitéis e frisos ressaltados; coroamento em arco seguindo o mesmo desenho das pilastras, com mísula central e cantos em pintura de flores vermelhas.
Características estilísticas
Oratório de origem mineira, de composição retilínea, com alguns recortes sinuosos no arremate superior; pintura com motivos simbólicos, de execução de cunho mais popular; datável de fins do século XVIII ou início do XIX.
Características iconográficas/ornamentais
Cês, êsses, recortes curvos, frisos, molduras e almofadas, pilastras com capitéis; pintura em motivos florais; Representação dos símbolos da Paixão, as “Armas Christi”, como são conhecidos o conjunto de instrumentos utilizados e relacionados com a Paixão de Cristo, como a escada, a lança que trespassou seu peito, a esponja, a corda, a coroa de espinhos, o cálice que recolheu seu sangue; o chicote, a tabuleta com a inscrição “INRI” pregada no alto da cruz e os três cravos da crucificação. A representação desses símbolos na arte cristã esta relacionada a um sonho que teve S. Gregório Magno (eleito papa em 590), em que Jesus Cristo descia do céu no momento da missa e mostrava aos fiéis seus estigmas e os instrumentos de sua Paixão.
Dados históricos
Não foram localizados dados específicos sobre o objeto. No Cuiabá, hoje distrito Mestre Caetano, existem duas capelas antigas: a de Nossa Senhora do Rosário, cuja decoração retabular é típica da 1a fase do barroco em Minas Gerais (o estilo Nacional Português) evoluída para a 2a (estilo Joanino), portanto, datando do 2o quartel do século XVIII; a de Santa Ifigênia, despojada de decoração, mas cuja arquitetura remete ás construções do século XVIII.
Referências bibliográficas/arquivísticas
Ficha Cadastral de 26-03-1975; Ficha de Conservação e Restauração 22-10-1990; Ficha Topográfica 1991-1997. HEINZ-MOHR, Gerd. Dicionário dos Símbolos. Imagens e sinais da arte cristã. São Paulo, Paulus, 1994. PASTOUREAU, Michel. La Biblia y los Santos. Madrid, Alianza Editorial, 1996.
Condições de reprodução
Domínio público, ver https://museudoouro.acervos.museus.gov.br/reproducao-de-imagens-do-acervo/